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terça-feira, 4 de julho de 2017

Fechamento - Junho/2017: R$ 91.706,58 (+R$ 3.384,39 ou +4%)

Mais um mês de blog, e mais um fechamento mensal. O resultado, razoável. Nada preocupante, mas nada que nos encha os olhos.

Vamos aos números, seguidos dos comentários:

1- Evolução patrimonial
O patrimônio novamente cresceu, superando ainda mais a projeção para este mês. Como dito anteriormente, esta projeção não é exatamente a meta, e acho importante mantê-la de forma que, no futuro, seja possível quantificar em quantos anos superei (ou atrasei) minha independência financeira em relação ao primeiro plano executado. Como meta, utilizo os aportes, e renovo-a anualmente.

R$ 91 mil... já é alguma coisa.

2- Comparativo de rentabilidades

A rentabilidade apresentou-se modestamente positiva, novamente acima do Ibovespa e praticamente empatada com o CDI. Acredito que o portfólio esteja bem preparado para qualquer tipo de cenário, o que me deixa bastante tranquilo. Os números fecharam da seguinte maneira:

Rentabilidade mensal: 0,88%
Rentabilidade anual: 16,40%
Rentabilidade histórica: 25,97%

3- Aportes mensais
Quanto aos aportes, mais um mês acima da meta mensal, o que traz confiança para o restante do ano, já que a média atual mantém-se significativamente acima do objetivo.

Incrivelmente, escrever para o blog tem aprazido bastante. Enquanto bato estas linhas, em meio ao silêncio, reflito sobre minha estratégia e minhas leituras. Este momento tem sido um poço de serenidade em meio ao caos da rotina, que cada vez mais me desgasta. Diria —que Deus tampe os ouvidos— que trocaria facilmente meu emprego por uma rotina estudando e escrevendo sobre investimentos (imaginem-me contratado pelo Infomoney para escrever uma coluna do tipo "A voz fundamentalista", rs. Deus me livre!).

No mais, um célere resumo:

Continuo desconfortável com as atuais margens de segurança para entrada nos ativos. Tendo em vista que possuo uma carteira excessivamente concentrada em small-value caps (que não estão tão value assim com estes preços), grande parte do aporte novamente foi direcionada à minha reserva em liquidez.

No próximo mês, tendo a entrar em uma nova companhia de perfil mid-blend, ainda a ser definida. Duas excelentes empresas, que sempre acompanhei, finalmente se apresentaram próximas ao preço justo, e tendo em vista a falta de opções atrativas, creio que seja uma boa oportunidade, já que não faço market timing e comprarei ações independente do cenário. Nos próximos meses, também devo finalmente iniciar minha exposição em fundos imobiliários afim de diversificar o portfólio, diminuindo seu desvio padrão e adicionando mais uma diferente possibilidade de correlação entre os ativos componentes.

A verdade é que o patrimônio vai aumentando —juntamente da idade—, e nosso perfil de risco tende a se alterar. Temos cada vez mais a perder, e cada vez menos por que nos arriscar.

Desta feita, o ideal para a carteira seria um ETF de baixíssimo custo, passivo e que replicasse o IFIX. Como ele não existe, inclino-me, levemente contrariado, ao fundo Fator IFIX (FIXX11). A alocação desejada para esta classe de ativo está entre 3% a 5% da carteira, e creio que qualquer coisa que busque replicar o índice cumprirá de forma eficiente o papel desejado para esta classe no portfólio. 

Com uma exposição de 10% a 15% em renda fixa e o restante em ações, sendo destas 15% a 20% atreladas ao mercado americano (e ao dólar) através do ETF IVVB11, completamos os targets para os próximos meses. Sinto-me bastante confortável com esta alocação.

Então, senhores, por hoje é só. Desejo um ótimo mês de julho a todos!

8 comentários:

  1. Tanto conhecimento técnico...Parece que não está sendo útil ou melhor, no mercado financeiro é tarefa inglória converter conhecimento em resultado.

    "Perder" para o lixoso Ibovespa?

    Como assim não faço "market timing"? Se você espera o "SEU" preço para entrar no ativo, é evidente que isso é market timing.

    Outra: mid-blend é a sinergia entre as growth(empresas que têm tido e continuarão com forte crescimento de lucros, receitas e fluxos de caixa em relação ao mercado) e as value(ações de empresas consideradas de alta qualidade mas, que por algum motivo, estão subvalorizadas; frequentemente possuem baixa relação Preço/Lucro (P/L) e alto "dividend yield").

    Quais são elas, qual o seu racional para possível entrada?

    Off:
    Não sei porque, na blogosfera ninguém utiliza com consistência o mercado futuro(dólar e índice) para hedge com para fazer caixa, tem pouco conteúdo sobre isso.

    TGR Investidor

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    Respostas
    1. Fala, TGR.

      Creio que ainda é cedo demais para tirar alguma conclusão. O período histórico de acompanhamento da carteira é muito pequeno e engloba apenas um único ciclo do mercado, que foi de forte desempenho do Ibovespa. Não me desanime, meu caro, se este conhecimento não me servir de nada, acabarei sendo obrigado a lançar um curso, e-book, ou pedir emprego na Empiricus, rs.

      Market timing está diretamente relacionado com tentar predizer os movimentos do mercado, o que eu faço é estabelecer um preço que julgo justo para o ativo, o que é bem diferente. Se o mercado vai subir, cair, explodir ou acabar, para mim pouco importa; compro ações independente do cenário.

      Mid-blends são exatamente o que você disse: o critério mid se refere ao tamanho, e blend sobre o caráter intermediário em relação ao critério valor. A empresa que tenho em mente é a Engie, e o racional para ela é o seguinte: sua administração é a mais eficiente do setor, o preço em que se encontra me parece próximo ao justo e, diferente de outros carnavais, não vejo grandes oportunidades para entrada em outras empresas, além de que estou extremamente concentrado em empresas com perfil de risco mais agressivo. A exposição nesta empresa não deverá ultrapassar os 5% da carteira.

      Por fim, creio que a blogosfera não opere com mercado futuro pelo simples fato de que somos investidores amadores, que desempenhamos outras funções e não possuímos a disponibilidade de tempo ou interesse para operar nesse tipo de mercado.

      Abraços!

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    2. Foi mal, errei a mão na crítica. Realmente é muito cedo para emitir qualquer opinião sobre desempenho. E afinal, você é holder, visão longo prazo.

      Mas que a máxima é verdadeira, ela é: "No mercado financeiro é tarefa inglória converter conhecimento em resultado". Aprendi isso a duras penas.

      Boa, seu sem senso de humor é sempre perspicaz. Vender e-book, emprego na Empiricus....

      Quanto ao Market Timing essa discussão é daquelas sem fim. Só pincelei o conceito de mid-blend porque as vezes o pessoal fica meio perdido com esses termos, mesmo sabendo que os seus leitores já são "crescidos".

      Vou dar a aquela verificada em Engie, você diz: "Duas excelentes empresas, que sempre acompanhei, finalmente se apresentaram próximas ao preço justo". Quais seriam elas (já sei que sou chato para cacete)?

      Foi mal, errei a mão na crítica. Realmente é muito cedo para emitir qualquer opinião sobre desempenho. E afinal, você é holder, visão longo prazo.

      Mas que a máxima é verdadeira, ela é: "No mercado financeiro é tarefa inglória converter conhecimento em resultado". Aprendi isso a duras penas.

      Boa, seu sem senso de humor é sempre perspicaz. Vender e-book, emprego na Empiricus....

      Quanto ao Market Timing essa discussão é daquelas sem fim. Só pincelei o conceito de mid-blend porque as vezes o pessoal fica meio perdido com esses termos, mesmo sabendo que os seus leitores já são "crescidos".

      Vou dar a aquela verificada em Engie, você diz: "Duas excelentes empresas, que sempre acompanhei, finalmente se apresentaram próximas ao preço justo". Quais seriam elas (já sei que sou chato para cacete)?

      Também sou amador, mas dou minhas tacadas no mercado futuro. Concordo, o fator de disponibilidade de tempo e o interesse para operar nesse tipo de mercado pesam muito. Eu sempre tive um tesão pelo mercado futuro, tara de investidor.

      TGR Investidor

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  2. PM, eu concordo no fundamento das palavras do TGR. Muito difícil converter conhecimento em rendimento no mercado, principalmente se vc está fora dos movimentos dos insiders. Temos que trabalhar de forma racional, balanceando e rebalanceando ativos em nossa carteira tentando emular os principais movimentos do mercado - e em um deles estou contigo: estou achando tudo muito inflado, principalmente lá fora.

    TGR, eu faço consistentemente hedge com mercados futuros de dólar. Explico o operacional para pessoas mais leigas nessa postagem: http://www.viagemlenta.com/2017/02/porque-e-interessante-ter-dolar-na-sua-carteira-utilizando-contratos-futuros.html

    Abraço!

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  3. Boa evolução Patrimonial

    Estou gostando das seus artigos, sobre diversos temos do investimento e de ações bem profundos, também tenho um blog onde falo de Ações, Analise Fundamentalista, fundos Imobiliários.

    Abraço e bons investimentos

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