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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Meu plano de aportes

Então vamos falar do meu plano de aportes. Há quatro anos atrás, podemos assim dizer, iniciei de vez meus estudos aprofundados sobre investimentos e ações. Durante seis meses elaborei um plano de investimento para aplicar o pouco capital que já havia guardado (trabalho desde os 16) e estabeleci um plano de aportes mensais. Na época, ainda estagiário, possuía um salário equivalente ao de um lixeiro (sei que você está rindo disso), e mesmo assim levei meu planejamento adiante.

Pois bem. Meu plano inicial era muito modesto. Eu já tinha em mente quais ações comprar mensalmente e como iria fazer a minha alocação inicial de ativos, mas simplesmente não tinha condições de fazer aportes decentes, e por isso sequer tinha um prazo definido para alcançar minha liberdade financeira. Era impossível fazer isso, e eu precisava, antes de tudo, encontrar uma maneira de aumentar significativamente meu salário. 

Com seis meses no mercado, mudei de empresa (duas vezes) e na última delas meu salário dobrou, o que finalmente me deu as condições necessárias para estabelecer um prazo decente e minimamente razoável para atingir minha independência financeira. Sendo assim, utilizei da minha experiência em contabilidade de padeiro para fazer meu planejamento.

Meu aporte inicial (digo inicial, mas já considerando os valores que possuía aplicados) seria de R$ 1500, e passaria para R$ 1700 após dois anos. Após este ponto, de cada cinco em cinco anos meu aporte aumentaria em 50%. Difícil? Não creio. Analisando a carreira de funcionários experientes do ramo em que trabalho vi que isso era sim bastante factível. Nesta época estava formando em um curso técnico, que me rendeu um aumento. Após cinco anos, formaria em um curso superior. Após dez anos, já planejava ter ao menos um negócio paralelo que me proporcionasse alguma renda extra. Então, era algo possível.

A rentabilidade que considerei para meus cálculos foi de 1% ao mês (sim, 90% dos padeiros fariam o mesmo), já descontando uma inflação média de 0,4% ao mês, que me daria uma rentabilidade real de 0,6%. Por que estes números? 

No livro Investindo em ações no longo prazo, de Jeremy Siegel, foi feito um estudo que mostrou que as ações americanas tiveram, em média, uma rentabilidade de 8,1% entre 1802 e 2012. Considerando que eu sou 0,9% mais estúpido que a média dos investidores de lá (e também para facilitar a conta), os 0,6% ao mês renderiam para minha carteira 7,2% líquidos ao ano, um número razoável. 

Quanto a inflação, realmente fui bastante ingênuo. Mas como normalmente altas inflações acompanham altas taxas de juros, e estas taxas valorizam o capital acumulado —uma empresa é, dentre outras coisas, capital acumulado—, a rentabilidade real tende a ser parecida tanto em tempos inflacionários, quanto em tempos de baixa inflação quando se investe em ações.

Então, usando estes dados, calculei que em vinte anos, iria possuir um patrimônio equivalente a R$ 3 milhões, valor que estabeleci como ponto de chegada da independência financeira. Chegando nisso, iria parar imediatamente de trabalhar em um emprego fixo (sendo funcionário ou chefe), e dedicar parcela considerável do meu tempo para fazer aquilo que eu gosto.

Cansou? Pararei por aqui. No próximo post abordarei um pouco sobre minha estratégia de alocação de ativos.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Apresentação

Saudações!

Este blog marcará uma etapa: o caminho percorrido por mim até a liberdade financeira.

Pretendo usar este espaço para discorrer sobre investimentos em geral e minha estratégia em específico, além de postar mensalmente a rentabilidade da minha carteira. Também penso em usar este blog para, talvez, abordar algo sobre temas diversos que me interesso, como política e economia. Enfim, deixo esta breve introdução e irei escrever mais detalhadamente sobre estes pontos específicos nos próximos posts. Para os interessados, sejam bem-vindos.

Até!